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26/10/2021 - Exploração e abuso sexual infantil online está aumentando, diz estudo
26/10/2021
Movimento global WeProtect Global Alliance lança relatório onde aponta aumento de casos de exploração e abuso sexual infantil online, e pede uma resposta coletiva global mais forte para enfrentar o problema
Por: Juliana Lima
Segundo o relatório de Avaliação de Ameaça Global 2021 da WeProtect Global Alliance, um movimento global que reúne mais de 200 governos, empresas do setor privado e organizações da sociedade civil, a exploração e o abuso sexual infantil no ambiente online está aumentando em todo o mundo.
O relatório conta com um estudo que foi feito em 54 países pela The Economist Impact para avaliar as experiências de infâncias de mais de 5 mil jovens de 18 a 20 anos. Os resultados mostram que mais de um em cada três entrevistados (34%) foi solicitado a fazer algo sexualmente explícito online com o qual eles se sentiam desconfortáveis durante a infância.
Segundo o estudo, as meninas e os entrevistados que se identificaram como membros da comunidade LGBTQIA+ e/ou pessoas com deficiência (PcD) foram mais propensos a sofrer danos sexuais online durante a infância, e os entrevistados que se identificaram como minorias raciais ou étnicas eram os menos propensos a procurar ajuda.
A pandemia da covid-19 é foi identificada como um fator que contribuiu para o aumento dos incidentes relatados. O relatório aponta ainda que houve um aumento de 77% de material sexual “autogerado” por crianças de 2019 a 2020.
Outra pesquisa incluída no relatório mostrou que a maioria das empresas de tecnologia está usando ferramentas para detectar material de abuso sexual infantil (87% usam “correspondência de hash” de imagens), mas apenas 37% atualmente usam ferramentas para detectar aliciamento online. A organização internacional pede uma resposta coletiva global mais forte contra o problema.
A diretora-executiva da organização da sociedade civil Childhood Brasil, Lais Peretto, avalia a situação de exploração e abuso sexual infantil online no Brasil: “No primeiro ano da pandemia, o número de denúncias anônimas de páginas de internet contendo imagens e vídeos de abuso sexual infantil mais do que dobrou no Brasil em relação a 2019, atingindo patamar recorde na série histórica iniciada em 2006 pela plataforma SaferNet Brasil. Agora em 2021, registramos, entre janeiro e abril, alta de 33% nas denúncias em relação ao mesmo período do ano passado. A chegada da tecnologia 5G tende a agravar esse cenário. É preciso que todos se mobilizem nesse enfrentamento”.
Segundo o relatório de Avaliação de Ameaça Global 2021 da WeProtect Global Alliance, um movimento global que reúne mais de 200 governos, empresas do setor privado e organizações da sociedade civil, a exploração e o abuso sexual infantil no ambiente online está aumentando em todo o mundo.
O relatório conta com um estudo que foi feito em 54 países pela The Economist Impact para avaliar as experiências de infâncias de mais de 5 mil jovens de 18 a 20 anos. Os resultados mostram que mais de um em cada três entrevistados (34%) foi solicitado a fazer algo sexualmente explícito online com o qual eles se sentiam desconfortáveis durante a infância.
Segundo o estudo, as meninas e os entrevistados que se identificaram como membros da comunidade LGBTQIA+ e/ou pessoas com deficiência (PcD) foram mais propensos a sofrer danos sexuais online durante a infância, e os entrevistados que se identificaram como minorias raciais ou étnicas eram os menos propensos a procurar ajuda.
A pandemia da covid-19 é foi identificada como um fator que contribuiu para o aumento dos incidentes relatados. O relatório aponta ainda que houve um aumento de 77% de material sexual “autogerado” por crianças de 2019 a 2020.
Outra pesquisa incluída no relatório mostrou que a maioria das empresas de tecnologia está usando ferramentas para detectar material de abuso sexual infantil (87% usam “correspondência de hash” de imagens), mas apenas 37% atualmente usam ferramentas para detectar aliciamento online. A organização internacional pede uma resposta coletiva global mais forte contra o problema.
A diretora-executiva da organização da sociedade civil Childhood Brasil, Lais Peretto, avalia a situação de exploração e abuso sexual infantil online no Brasil: “No primeiro ano da pandemia, o número de denúncias anônimas de páginas de internet contendo imagens e vídeos de abuso sexual infantil mais do que dobrou no Brasil em relação a 2019, atingindo patamar recorde na série histórica iniciada em 2006 pela plataforma SaferNet Brasil. Agora em 2021, registramos, entre janeiro e abril, alta de 33% nas denúncias em relação ao mesmo período do ano passado. A chegada da tecnologia 5G tende a agravar esse cenário. É preciso que todos se mobilizem nesse enfrentamento”.