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20/12/2019 - Por dia, mais de 200 crianças e adolescentes são agredidos no país
19/12/2019
Levantamento inédito foi realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), e levou em consideração casos denunciados de violência física e psicológica.
Por: Mariana Lima
Por dia, ao menos 233 crianças e adolescentes são vítimas de agressões no Brasil. Essas agressões envolvem diferentes tipos de violência (física, psicológica e tortura).
Os dados se referem aos casos que foram notificados, permitindo que o número real de pessoas entre 0 a 19 anos vítimas destas violência seja maior.
O levantamento foi realizado de forma inédita pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), para alertar a sociedade brasileira e promover uma campanha de orientação para os pediatras.
Essa orientação deve ser iniciada ainda em janeiro de 2020 para auxiliar os pediatras a reconhecerem sinais de violência física e psicológica, além de um guia para notificar os casos.
O estudo utiliza como base dados coletados pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, coletados entre 2009 e 2017, último ano com informações disponíveis.
Em 2017, foram contabilizados 85.293 registros destas violações aos direitos da criança e do adolescente. Em todo o período analisado, foram 471.178 notificações.
De acordo com a organização do levantamento, a maioria dos casos de agressões contra menores é realizada pelos responsáveis, sendo que em 40% dos casos as agressões ocorrem em nível de repetição.
A SBP também busca, através do material, evitar os casos de óbito por agressão. Um recorte entre 2009 e 2014 realizado pela entidade revelou que ocorreram 35.855 encaminhamentos para hospitalização e 3.296 mortes no mesmo período.
De acordo com o levantamento, as meninas são as principais vítimas destas agressões. Em 2017, foram notificadas 53.101 agressões contra meninas e 32.163 contra meninos.
O levantamento ainda revela que a maior incidência de agressões ocorreu entre jovens de 10 a 19 anos, com um total de 66.976 notificações em 2017.
Fonte:
OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR
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