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14/03/2022 - Ativistas dos direitos humanos falam sobre violações na pandemia
07/03/2022
Relatório desenvolvido pelo projeto Sementes de Proteção traz entrevistas com 33 ativistas dos direitos humanos sobre impacto da pandemia em seus trabalhos
Por Juliana Lima
“Nesse período da pandemia, podemos perceber a criminalização das organizações que é, efetivamente, também a criminalização dos lutadores/as. Em alguns espaços, violência não só da perseguição na atuação, mas da perseguição à pessoa, propriamente. Líderes – mulheres e homens – foram assassinados/as”. A fala é de Mônica Alkmin, que atua na coordenação nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH). Ela e outros 32 ativistas dos direitos humanos contam sobre o impacto da pandemia em seus trabalhos no ‘Relatório Sementes 2021 – Situação dos/as defensores/as de direitos humanos no Brasil’.
O documento é uma iniciativa do projeto Sementes de Proteção, organizado pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), pela Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e pela We World GVC Onlus. O objetivo é divulgar essas histórias não só para homenagear quem luta pelos direitos humanos, mas também para defender os direitos dessas pessoas, já que o Brasil é hoje um dos países mais perigosos para ativistas dos direitos humanos.
“A memória é uma das práticas mais importantes para a construção de vínculos, para o cultivo de afetos e, especialmente, para subsidiar a formulação das verdades que ganham sentido social e cultural. Nenhuma sociedade vive sem que se faça permanentemente a memória de suas vivências a fim de que sejam transformadas em experiências significativas”, diz Paulo César Carbonari, doutor em filosofia, membro da coordenação nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e coordenador geral do Projeto Sementes de Proteção.
O relatório foi organizado por meio de entrevistas individuais com 33 ativistas, realizadas de forma remota, gravadas e sistematizadas no período de dezembro de 2021 a janeiro de 2022. Entre os entrevistados estão ativistas do Greenpeace, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, Povo Tupinambá Serra do Padeiro (BA), Organização de Direitos Humanos Projeto Legal, SOS Corpo, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras, Artigo 19, Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia, Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade (PA), entre outros militantes das mais diversas organizações de direitos humanos atuantes no Brasil.
Para ler o relatório na íntegra, clique aqui.
Fonte: OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR