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11/12/2017 - Como a Cultura Maker permite trabalhar a questão de gênero na sala de aula?
11/12/2017
Por meio do livro “Todas as cores do Negro” (Texto e ilustrações de Arlene Holanda. Brasília/DF: Conhecimento, 2008), conversarmos sobre a relação ético-racial, sua cultura, oportunizando aos alunos falar de suas origens, mostrando que não é nosso sexo (feminino e masculino) e nem nossa cor que determina quem somos.
Na sequência, trouxe um espelho pequeno de mão e pedi para que se olhassem e virasse para o colega, dizendo sua cor e conversando a respeito.
Entreguei a cada aluno um pedaço de papelão, para que as crianças pudessem desenhar sua mão e recortar.
Na sequência, usando tinta guache nas cores: vermelho, azul, amarelo e branco, misturamos reproduzindo tons de pele e aplicamos sobre as mãos feitas de cartolina e esperamos secar.
Olhando para nossas mãos, definimos as articulações dos dedos e começamos a montá-la, colando com cola quente os canudos cortados na articulação, e por fim, passando o barbante entre os canudos colados e reproduzindo as unhas com fita crepe.
Materiais necessários: cartolina e ou papelão, canudos cortados, barbante, tintas guaches, cola quente, lápis, fita crepe e tesoura.
As atividades podem ser adaptadas e trabalhadas com os diferentes ciclos de aprendizagem.
Sou Débora Garofalo, professora de Informática Educativa da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Estou aqui com vocês, nesse espaço cedido pela Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, para compartilhar e trocar experiências sobre ações pedagógicas envolvendo os direitos humanos.
Estamos diante de uma geração de crianças e jovens com muito acesso à informação. O motivo simples vem da interação com as ferramentas digitais, tão acessíveis, que não é mais possível deixá-la de fora do contexto escolar.
Você sabe o que é cultura maker?
Essa ciência fascinante é capaz de transformar o currículo, torná-lo mais envolvente, atrativo, atribuindo novos sentidos a sala de aula e principalmente nos ajudando a lidar com questões tão complexas a nossa sociedade, como a luta pelos direitos humanos.
O uso de recursos digitais é, sem dúvida, uma oportunidade para transformar o currículo em prol dos direitos humanos, e quero compartilhar com vocês como a cultura maker auxiliou o debate e sensibilização sobre igualdade de gênero e étnico-racial junto com meus alunos.
Vamos lá!
Nas minhas turmas de Ensino Fundamental I e II, sempre houve algo que me inquietou, a questão do desenvolvimento das atividades entre igualdade de gênero e questões raciais. Os meninos sempre com maior facilidade em realizar as atividades propostas e as meninas demostrando dificuldades e às vezes certa resistência em participar.
Comecei observar este comportamento e investigar os motivos. Os meninos sempre menosprezavam as meninas, dizendo a elas que não conseguiam realizar as atividades. Em outros momentos, ao trabalhar certas questões, as crianças não aceitavam sua cor de pele, relatando o oposto de sua verdadeira etnia. É claro, que meninos e meninas desenvolvem competências e habilidades diferenciadas, além de conflitos externos e a escola é o espaço ideal para trabalhar com estas questões. Imediatamente, replanejei as aulas.
Apresentei um desafio às crianças: envolver a cultura maker para trabalhar “Igualdade de Gênero e Étnicos-raciais”.
Tive a ideia de realizar o trabalho de robótica com sucata, uma mão robótica de sucata, onde exploramos as áreas do conhecimento e ciências, ao trabalhar as articulações das mãos.
Também falamos sobre Matemática, por meio de operações aritméticas concretas, associadas às questões de gênero e étnico-raciais, oportunizando espaços para debate e reflexão, associados atividades mão na massa, ao mostrar que os alunos podem ter voz, sentir confiança, realizar perguntas, aprender e desmitificar estereótipos e preconceitos. Deixamos os estudantes à vontade para conversar, tirar dúvidas sobre o assunto, se reconhecerem e reconhecer o outro, ao trabalhar valores, cultura e a autoestima.
Uma atividade simples, com potencial enorme transformador!
Confira abaixo, como replicar a atividade:
Estamos diante de uma geração de crianças e jovens com muito acesso à informação. O motivo simples vem da interação com as ferramentas digitais, tão acessíveis, que não é mais possível deixá-la de fora do contexto escolar.
Você sabe o que é cultura maker?
Essa ciência fascinante é capaz de transformar o currículo, torná-lo mais envolvente, atrativo, atribuindo novos sentidos a sala de aula e principalmente nos ajudando a lidar com questões tão complexas a nossa sociedade, como a luta pelos direitos humanos.
O uso de recursos digitais é, sem dúvida, uma oportunidade para transformar o currículo em prol dos direitos humanos, e quero compartilhar com vocês como a cultura maker auxiliou o debate e sensibilização sobre igualdade de gênero e étnico-racial junto com meus alunos.
Vamos lá!
Nas minhas turmas de Ensino Fundamental I e II, sempre houve algo que me inquietou, a questão do desenvolvimento das atividades entre igualdade de gênero e questões raciais. Os meninos sempre com maior facilidade em realizar as atividades propostas e as meninas demostrando dificuldades e às vezes certa resistência em participar.
Comecei observar este comportamento e investigar os motivos. Os meninos sempre menosprezavam as meninas, dizendo a elas que não conseguiam realizar as atividades. Em outros momentos, ao trabalhar certas questões, as crianças não aceitavam sua cor de pele, relatando o oposto de sua verdadeira etnia. É claro, que meninos e meninas desenvolvem competências e habilidades diferenciadas, além de conflitos externos e a escola é o espaço ideal para trabalhar com estas questões. Imediatamente, replanejei as aulas.
Apresentei um desafio às crianças: envolver a cultura maker para trabalhar “Igualdade de Gênero e Étnicos-raciais”.
Tive a ideia de realizar o trabalho de robótica com sucata, uma mão robótica de sucata, onde exploramos as áreas do conhecimento e ciências, ao trabalhar as articulações das mãos.
Também falamos sobre Matemática, por meio de operações aritméticas concretas, associadas às questões de gênero e étnico-raciais, oportunizando espaços para debate e reflexão, associados atividades mão na massa, ao mostrar que os alunos podem ter voz, sentir confiança, realizar perguntas, aprender e desmitificar estereótipos e preconceitos. Deixamos os estudantes à vontade para conversar, tirar dúvidas sobre o assunto, se reconhecerem e reconhecer o outro, ao trabalhar valores, cultura e a autoestima.
Uma atividade simples, com potencial enorme transformador!
Confira abaixo, como replicar a atividade:
Leitura e Roda de conversa
Por meio do livro “Todas as cores do Negro” (Texto e ilustrações de Arlene Holanda. Brasília/DF: Conhecimento, 2008), conversarmos sobre a relação ético-racial, sua cultura, oportunizando aos alunos falar de suas origens, mostrando que não é nosso sexo (feminino e masculino) e nem nossa cor que determina quem somos.
Na sequência, trouxe um espelho pequeno de mão e pedi para que se olhassem e virasse para o colega, dizendo sua cor e conversando a respeito.
Oficina Mão Robótica com Sucata
Entreguei a cada aluno um pedaço de papelão, para que as crianças pudessem desenhar sua mão e recortar.
Na sequência, usando tinta guache nas cores: vermelho, azul, amarelo e branco, misturamos reproduzindo tons de pele e aplicamos sobre as mãos feitas de cartolina e esperamos secar.
Olhando para nossas mãos, definimos as articulações dos dedos e começamos a montá-la, colando com cola quente os canudos cortados na articulação, e por fim, passando o barbante entre os canudos colados e reproduzindo as unhas com fita crepe.
Materiais necessários: cartolina e ou papelão, canudos cortados, barbante, tintas guaches, cola quente, lápis, fita crepe e tesoura.
As atividades podem ser adaptadas e trabalhadas com os diferentes ciclos de aprendizagem.
Espero que tenha gostado das sugestões! E você, já realizou alguma atividade sobre igualdade de gênero e étnico-racial em sala de aula? Compartilhe conosco! Um grande abraço e até a próxima.