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06/02/2017 - Instituições de ensino oferecem diversas metodologias para as crianças
03/02/2017
A insatisfação diante dos resultados escolares de uma criança ou jovem pode estar relacionada à incompatibilidade do método ofertado pelo colégio com o perfil do educando.
Problemas como mau rendimento, falta de atenção e desinteresse são comuns quando a abordagem da instituição de ensino não condiz com o comportamento desse menino ou menina.
Assim, escolher a metodologia mais adequada é o primeiro passo para um aprendizado saudável e eficaz.
Em Campo Grande, a dificuldade começa quando a grande maioria das escolas não expõe qual o método de ensino adotado – seja por descuido, omissão ou por não seguir uma corrente fechada.
Porém, o modelo mais comum no Brasil e mais fácil de identificar é o tradicional, centrado no professor como transmissor de conhecimento.
Cabe ao estudante cumprir metas e provar seu correto aprendizado por meio de avaliações e testes.
Os colégios que lançam mão dessa prática costumam usar apostilas e cartilhas, que determinam o que e quanto a criança ou jovem deve aprender no período.
Ainda que dominante, a metodologia tradicional recebe críticas e seus resultados são questionados.
Esta corrente de ensino foi difundida pelas escolas públicas da França a partir do Iluminismo, no século 18, e buscava uma universalização do acesso ao conhecimento para formar cidadãos.
Passados 300 anos, existem especialistas que desacreditam na eficiência do modelo, caso da pedagoga e pós-doutora em Sociologia da Infância, Ordália Alves de Almeida.
“Grande parte dos professores ainda ensina como aprenderam seus avós, seus pais, como eles mesmos aprenderam. As crianças de hoje estão em outro patamar. Os materiais apostilados limitam a capacidade criativa, inventiva e descobridora das crianças. Não precisamos mais de autômatos. Precisamos de uma educação mais humanizadora, mais afetiva e de aprender com nossos pares, em vez de ficar preenchendo papéis”, aponta.
A pedagoga explica ainda que a criança, ou jovem, dá sinais de descontentamento quando percebe que não evolui com o método aplicado na escola. “Esses comportamentos são formas de expressar que o trabalho não vai ao encontro da personalidade dela. Por isso há rebeldia, falta de atenção, desinteresse”.
Uma das correntes que surgiram como alternativa ao modelo tradicional é o construtivismo, inspirado nas ideias do educador suíço Jean Piaget.
Para ele, o conhecimento é ativamente construído pelo estudante e não apenas recebido pronto e mastigado pelo professor e pelo ambiente.
O método não exclui provas e reprovações, mas estimula as crianças e jovens a pensar e solucionar problemas apresentados.
A Escola Gênesis, em Campo Grande, adota o construtivismo como linha teórica, alinhada também ao sociointeracionismo, que defende a interação como impulso à aprendizagem.
A diretora da instituição, Kátia Medeiros, prefere deixar explícito qual a corrente teórica seguida para que os pais saibam dos mecanismos de ensino do colégio.
Segundo ela, a linha da escola incide, principalmente, no aspecto comportamental da criança e procura extrair dela as experiências individuais para a construção do conhecimento – quase sempre com atividades em grupo. “Tenho alunos que vieram da fazenda, com um saber imenso sobre questões do campo, por exemplo. O professor não é o dono da verdade e a educação fica mais prazerosa quando a criança sente que é capaz de trazer ideias”, diz.
A Gênesis atende crianças de 1 até 10 anos de idade.
Waldorf
Outra escola da Capital conduzida por uma metodologia alternativa à tradicional é a Acolher, que se baseia na pedagogia Waldorf.
O modelo foi desenvolvido pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner e procura equilibrar os aspectos cognitivos com o estímulo das habilidades artísticas, musicais, motoras e de dramatização.
De acordo com a mantenedora e coordenadora pedagógica da Acolher, Patrícia Arruda da Fonseca, não existe prova ou reprovação no método. “Nós avaliamos a criança por meio do empenho que ela tem nas atividades, baseadas na memória e na linguagem. Se estamos estudando fotossíntese, a criança vai escrever ou desenhar sobre”, conta.
Ainda conforme Patrícia, “a criança é o centro da terra” na pedagogia Waldorf e disciplinas como jardinagem e técnicas agrícolas estão inclusas na grade curricular. “Essa criança precisa saber onde ela está, por isso, a natureza está no currículo. Elas aprendem a plantar, a colher e, consequentemente, a cuidar do reino animal. Uma escola Waldorf não existe sem um quintal. Todo o conteúdo está centrado na mãe natureza e roda pelas quatro estações do ano”, detalha.
A Acolher dispõe de vagas para alunos de um ano e meio até nove anos.
Fonte:
ANDI - Comunicação e Direitos
Veículo: Correio do Estado
Acesse aqui
Problemas como mau rendimento, falta de atenção e desinteresse são comuns quando a abordagem da instituição de ensino não condiz com o comportamento desse menino ou menina.
Assim, escolher a metodologia mais adequada é o primeiro passo para um aprendizado saudável e eficaz.
Em Campo Grande, a dificuldade começa quando a grande maioria das escolas não expõe qual o método de ensino adotado – seja por descuido, omissão ou por não seguir uma corrente fechada.
Porém, o modelo mais comum no Brasil e mais fácil de identificar é o tradicional, centrado no professor como transmissor de conhecimento.
Cabe ao estudante cumprir metas e provar seu correto aprendizado por meio de avaliações e testes.
Os colégios que lançam mão dessa prática costumam usar apostilas e cartilhas, que determinam o que e quanto a criança ou jovem deve aprender no período.
Ainda que dominante, a metodologia tradicional recebe críticas e seus resultados são questionados.
Esta corrente de ensino foi difundida pelas escolas públicas da França a partir do Iluminismo, no século 18, e buscava uma universalização do acesso ao conhecimento para formar cidadãos.
Passados 300 anos, existem especialistas que desacreditam na eficiência do modelo, caso da pedagoga e pós-doutora em Sociologia da Infância, Ordália Alves de Almeida.
“Grande parte dos professores ainda ensina como aprenderam seus avós, seus pais, como eles mesmos aprenderam. As crianças de hoje estão em outro patamar. Os materiais apostilados limitam a capacidade criativa, inventiva e descobridora das crianças. Não precisamos mais de autômatos. Precisamos de uma educação mais humanizadora, mais afetiva e de aprender com nossos pares, em vez de ficar preenchendo papéis”, aponta.
A pedagoga explica ainda que a criança, ou jovem, dá sinais de descontentamento quando percebe que não evolui com o método aplicado na escola. “Esses comportamentos são formas de expressar que o trabalho não vai ao encontro da personalidade dela. Por isso há rebeldia, falta de atenção, desinteresse”.
Uma das correntes que surgiram como alternativa ao modelo tradicional é o construtivismo, inspirado nas ideias do educador suíço Jean Piaget.
Para ele, o conhecimento é ativamente construído pelo estudante e não apenas recebido pronto e mastigado pelo professor e pelo ambiente.
O método não exclui provas e reprovações, mas estimula as crianças e jovens a pensar e solucionar problemas apresentados.
A Escola Gênesis, em Campo Grande, adota o construtivismo como linha teórica, alinhada também ao sociointeracionismo, que defende a interação como impulso à aprendizagem.
A diretora da instituição, Kátia Medeiros, prefere deixar explícito qual a corrente teórica seguida para que os pais saibam dos mecanismos de ensino do colégio.
Segundo ela, a linha da escola incide, principalmente, no aspecto comportamental da criança e procura extrair dela as experiências individuais para a construção do conhecimento – quase sempre com atividades em grupo. “Tenho alunos que vieram da fazenda, com um saber imenso sobre questões do campo, por exemplo. O professor não é o dono da verdade e a educação fica mais prazerosa quando a criança sente que é capaz de trazer ideias”, diz.
A Gênesis atende crianças de 1 até 10 anos de idade.
Waldorf
Outra escola da Capital conduzida por uma metodologia alternativa à tradicional é a Acolher, que se baseia na pedagogia Waldorf.
O modelo foi desenvolvido pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner e procura equilibrar os aspectos cognitivos com o estímulo das habilidades artísticas, musicais, motoras e de dramatização.
De acordo com a mantenedora e coordenadora pedagógica da Acolher, Patrícia Arruda da Fonseca, não existe prova ou reprovação no método. “Nós avaliamos a criança por meio do empenho que ela tem nas atividades, baseadas na memória e na linguagem. Se estamos estudando fotossíntese, a criança vai escrever ou desenhar sobre”, conta.
Ainda conforme Patrícia, “a criança é o centro da terra” na pedagogia Waldorf e disciplinas como jardinagem e técnicas agrícolas estão inclusas na grade curricular. “Essa criança precisa saber onde ela está, por isso, a natureza está no currículo. Elas aprendem a plantar, a colher e, consequentemente, a cuidar do reino animal. Uma escola Waldorf não existe sem um quintal. Todo o conteúdo está centrado na mãe natureza e roda pelas quatro estações do ano”, detalha.
A Acolher dispõe de vagas para alunos de um ano e meio até nove anos.
Fonte:
ANDI - Comunicação e Direitos
Veículo: Correio do Estado
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