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29/11/2024 - Violência contra a mulher continua generalizada
29/11/2024
O relatório divulgado, “Feminicídios em 2023”, mostrou uma triste realidade, todos os dias, 140 mulheres e meninas são mortas por seus parceiros íntimos ou familiares, o equivalente a uma a cada 10 minutos.
O relatório divulgado pela ONU Mulheres, “Feminicídios em 2023”, mostrou uma triste realidade, todos os dias, 140 mulheres e meninas são mortas por seus parceiros íntimos ou familiares, o equivalente a uma a cada 10 minutos.
A publicação preparada pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, UNODC, confirma que a violência contra mulheres continua generalizada, incluindo na sua manifestação mais extrema, o feminicídio. O crime “transcende fronteiras, condições socioeconômicas e grupos etários”.
A África registra as taxas mais elevadas de feminicídio relacionado com parceiros íntimos e familiares com 21,7 mil vítimas, seguida pelas Américas e pela Oceania.
Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres mortas na esfera doméstica foi vítima de companheiros íntimos, com 64% e 58%, respectivamente. Em outras regiões os familiares foram os principais perpetradores.
Na França, África do Sul e Colômbia um percentual significativo de mulheres mortas por parceiros íntimos já haviam relatado alguma forma de violência física, sexual ou psicológica, o que indica que muitos desses crimes podem ser prevenidos.
Tolerância zero
A diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, pediu uma “cultura de tolerância zero” e aumento do financiamento para organizações e órgãos que defendem os direitos das mulheres. Para ela, os líderes mundiais devem agir com urgência, renovando compromissos e canalizando recursos para “acabar com esta crise de uma vez por todas”.
A diretora executiva do UNODC, disse que o relatório destaca a necessidade urgente por “sistemas de justiça criminal que responsabilizem os perpetradores, garantindo ao mesmo tempo apoio adequado às sobreviventes”, incluindo mecanismos de denúncia seguros e transparentes.
Ghada Waly adicionou que é preciso também “confrontar e desmantelar os preconceitos de gênero, os desequilíbrios de poder e normas prejudiciais que perpetuam a violência contra as mulheres”.
Violência contra a mulher Brasil
Mais de 380 mil casos de violência contra mulher foram registrados na justiça brasileira em apenas cinco meses de 2024, mostram dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Um levantamento obtido pela CNN aponta que foram documentadas 380.735 ações judiciais entre janeiro e maio deste ano no Brasil. Os números são do DATAJUD, a base de dados do CNJ. Isso equivale a média superior a 2,5 mil novas ações judiciais por dia em todo o país.
Os novos processos pesquisados são referentes aos crimes de violência doméstica contra a mulher, estupro e feminicídio.
Foram 318.514 de violência doméstica, 56.958 de estupro e 5.263 de feminicídio em apenas cinco meses.
Até o mês de abril, as ações envolvendo violência doméstica somavam 178.379. Isso significa que, em apenas um mês, o número de processos referentes a este crime aumentou em 78,5%.
Para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher no Brasil disque 180, a ligação é gratuita!
Fontes: ONU News e CNN Brasil
Fonte: OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR
A publicação preparada pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, UNODC, confirma que a violência contra mulheres continua generalizada, incluindo na sua manifestação mais extrema, o feminicídio. O crime “transcende fronteiras, condições socioeconômicas e grupos etários”.
A África registra as taxas mais elevadas de feminicídio relacionado com parceiros íntimos e familiares com 21,7 mil vítimas, seguida pelas Américas e pela Oceania.
Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres mortas na esfera doméstica foi vítima de companheiros íntimos, com 64% e 58%, respectivamente. Em outras regiões os familiares foram os principais perpetradores.
Na França, África do Sul e Colômbia um percentual significativo de mulheres mortas por parceiros íntimos já haviam relatado alguma forma de violência física, sexual ou psicológica, o que indica que muitos desses crimes podem ser prevenidos.
Tolerância zero
A diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, pediu uma “cultura de tolerância zero” e aumento do financiamento para organizações e órgãos que defendem os direitos das mulheres. Para ela, os líderes mundiais devem agir com urgência, renovando compromissos e canalizando recursos para “acabar com esta crise de uma vez por todas”.
A diretora executiva do UNODC, disse que o relatório destaca a necessidade urgente por “sistemas de justiça criminal que responsabilizem os perpetradores, garantindo ao mesmo tempo apoio adequado às sobreviventes”, incluindo mecanismos de denúncia seguros e transparentes.
Ghada Waly adicionou que é preciso também “confrontar e desmantelar os preconceitos de gênero, os desequilíbrios de poder e normas prejudiciais que perpetuam a violência contra as mulheres”.
Violência contra a mulher Brasil
Mais de 380 mil casos de violência contra mulher foram registrados na justiça brasileira em apenas cinco meses de 2024, mostram dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Um levantamento obtido pela CNN aponta que foram documentadas 380.735 ações judiciais entre janeiro e maio deste ano no Brasil. Os números são do DATAJUD, a base de dados do CNJ. Isso equivale a média superior a 2,5 mil novas ações judiciais por dia em todo o país.
Os novos processos pesquisados são referentes aos crimes de violência doméstica contra a mulher, estupro e feminicídio.
Foram 318.514 de violência doméstica, 56.958 de estupro e 5.263 de feminicídio em apenas cinco meses.
Até o mês de abril, as ações envolvendo violência doméstica somavam 178.379. Isso significa que, em apenas um mês, o número de processos referentes a este crime aumentou em 78,5%.
Para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher no Brasil disque 180, a ligação é gratuita!
Fontes: ONU News e CNN Brasil
Fonte: OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR