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20/04/2018 - Educação ainda é desafio para comunidades indígenas
19/04/2018
No Dia do Índio, lideranças indígenas falam sobre as prioridades para o avanço da educação. Infraestrutura para escolas e valorização dos professores são ações consideradas essenciais para manter as línguas, a diversidade e a resistência das comunidades.
A história do povo indígena Umutina, em Mato Grosso, reflete bem a trajetória de luta dos povos indígenas no Brasil.
Mesmo após a colonização, eles continuaram a ser alvo de violentos ataques e quase foram dizimados.
Na década de 1940, após uma série de lutas por seu território, o povo Umutina somava 25 pessoas. Quase 80 anos depois, a comunidade reúne, hoje, cerca de 600 indígenas em uma aldeia situada no município de Barra do Bugres, em Mato Grosso.
Vivendo às margens do rio Paraguai, eles se orgulham de ter conquistado uma escola indígena que oferece da educação infantil ao ensino médio. Eliane Boroponepa Monzilar é professora Umutina e já cursa o doutorado em Antropologia Social, na Universidade de Brasília (UnB).
No cotidiano da comunidade, ela percebe a enorme diferença para as crianças que já não são mais obrigadas a sair da aldeia para estudar.
Este ano, povos indígenas e gestores públicos realizaram, em Brasília, a 2º Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena. Mais de 13 mil pessoas participaram das discussões, nas etapas regionais.
Das 8 mil propostas aprovadas, os mais de 700 participantes da etapa nacional estabeleceram 25 prioridades. Entre elas, mais infraestrutura para escolas e a valorização dos educadores.
Nas universidades públicas, eles querem que sejam realizados concursos específicos para professores indígenas.
A responsável pela área de Diversidade do Ministério da Educação, Ivana de Siqueira, considera a demanda válida e com possibilidade de avanço.
Para ela, um dos principais desafios é sensibilizar estados e municípios a entender a complexidade das culturas indígenas. Em todo país, são mais de 300 povos que mantém vivas cerca de 200 línguas e seus dialetos.
Alberto Terena, coordenador executivo da Articulação de Povos Indígenas do Brasil, afirma que nos últimos 30 anos as comunidades conquistaram diversos avanços na área de educação escolar.
Ele acredita que uma das principais dificuldades,hoje, é garantir o acesso e a permanência dos índios nas universidades.
A educação estará entre os temas em debate no Acampamento Terra Livre 2018, que reúne lideranças indígenas de todo o país, em Brasília, entre os dias 23 e 27 de abril.
A 15ª edição do acampamento tem como lema "Unificar as lutas em defesa do Brasil Indígena – Pela garantia dos direitos originários dos povos”.
Estão previstos atos, marchas e debates sobre temas como demarcação de terras, criminalização dos movimentos indígenas, iniciativas legislativas anti-indígenas e a precarização de serviços básicos.
Confira a programação completa no site www.apib.info
Fonte:
ANDI Comunicação e Direitos
Acesse aqui
A história do povo indígena Umutina, em Mato Grosso, reflete bem a trajetória de luta dos povos indígenas no Brasil.
Mesmo após a colonização, eles continuaram a ser alvo de violentos ataques e quase foram dizimados.
Na década de 1940, após uma série de lutas por seu território, o povo Umutina somava 25 pessoas. Quase 80 anos depois, a comunidade reúne, hoje, cerca de 600 indígenas em uma aldeia situada no município de Barra do Bugres, em Mato Grosso.
Vivendo às margens do rio Paraguai, eles se orgulham de ter conquistado uma escola indígena que oferece da educação infantil ao ensino médio. Eliane Boroponepa Monzilar é professora Umutina e já cursa o doutorado em Antropologia Social, na Universidade de Brasília (UnB).
No cotidiano da comunidade, ela percebe a enorme diferença para as crianças que já não são mais obrigadas a sair da aldeia para estudar.
Este ano, povos indígenas e gestores públicos realizaram, em Brasília, a 2º Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena. Mais de 13 mil pessoas participaram das discussões, nas etapas regionais.
Das 8 mil propostas aprovadas, os mais de 700 participantes da etapa nacional estabeleceram 25 prioridades. Entre elas, mais infraestrutura para escolas e a valorização dos educadores.
Nas universidades públicas, eles querem que sejam realizados concursos específicos para professores indígenas.
A responsável pela área de Diversidade do Ministério da Educação, Ivana de Siqueira, considera a demanda válida e com possibilidade de avanço.
Para ela, um dos principais desafios é sensibilizar estados e municípios a entender a complexidade das culturas indígenas. Em todo país, são mais de 300 povos que mantém vivas cerca de 200 línguas e seus dialetos.
Alberto Terena, coordenador executivo da Articulação de Povos Indígenas do Brasil, afirma que nos últimos 30 anos as comunidades conquistaram diversos avanços na área de educação escolar.
Ele acredita que uma das principais dificuldades,hoje, é garantir o acesso e a permanência dos índios nas universidades.
A educação estará entre os temas em debate no Acampamento Terra Livre 2018, que reúne lideranças indígenas de todo o país, em Brasília, entre os dias 23 e 27 de abril.
A 15ª edição do acampamento tem como lema "Unificar as lutas em defesa do Brasil Indígena – Pela garantia dos direitos originários dos povos”.
Estão previstos atos, marchas e debates sobre temas como demarcação de terras, criminalização dos movimentos indígenas, iniciativas legislativas anti-indígenas e a precarização de serviços básicos.
Confira a programação completa no site www.apib.info
Fonte:
ANDI Comunicação e Direitos
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