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18/02/2020 - Em periferia de SP, crianças têm 85 vezes mais risco de serem estupradas

13/02/2020

Mapa da Desigualdade na Primeira Infância traz um panorama dos fatores que impactam o desenvolvimento infantil na maior cidade do país.
 
Por: Mariana Lima

Uma criança que mora no bairro do Capão Redondo, periferia da Zona Sul da cidade de São Paulo, tem 85,9 vezes mais risco de sofrer uma violência sexual do que uma criança de um dos distritos mais ricos da capital, como Perdizes, na Zona Oeste.

Em 2018, a cidade registrou 607 casos de violência sexual contra crianças de até 5 anos, o que representou um aumento de 47% em comparação com 2016.

Os dados foram compilados na 2ª edição do ‘Mapa da Desigualdade da Primeira Infância’ (que vai de 0 a 6 anos), produzido pela Rede Nossa São Paulo. A pesquisa traz um panorama da desigualdade infantil na cidade.

Os dados do levantamento foram obtidos por meio de um cruzamento entre dados públicos e privados, a partir de 28 indicadores. Foram avaliados os 96 distritos da cidade.

Outro cenário revelado pelo levantamento é que Marsilac, no extremo sul, e São Lucas, na Zona Leste, são os piores lugares de São Paulo para crianças. Ambos aparecem 8 vezes entre os 24 piores distritos nos indicadores do Mapa da Desigualdade.

Uma criança que nasce em Marsilac tem 23 vezes mais chances de morrer antes de completar um ano do que uma criança de Perdizes.

Além disso, 18,85% dos bebês nascidos vivos em Marsilac são de mães menores de 19 anos. A média geral da cidade é de 10%. Em Moema, um distrito nobre da capital, a porcentagem de crianças nascidas de mães adolescentes é de apenas 0,35%.

Outro indicador do estudo é o acompanhamento pré-natal. As mulheres do distrito de Cachoeirinha, na zona norte, têm um acompanhamento pré-natal 6 vezes menor do que o de mulheres do Itaim Bibi, bairro nobre da cidade.

Ao todo, São Paulo tem 1,1 milhão de crianças entre 0 e 6 anos de idade, de acordo com o Mapa, que utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para conferir o levantamento completo, clique aqui.

Fonte: El País Brasil



Fonte: OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR

 
 
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